Curso para Cuidador de Idosos e Atualização para Técnicos de Enfermagem - Ensino e Valorização da Vida!!!!
quinta-feira, 15 de maio de 2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Quem disse que o sexo perde o seu encanto na terceira idade?
Na terceira idade, a prática sexual tem lá suas diferenças, mas continua fazendo bem, oferecendo prazer e sensação de bem-estar. Cerca de 50% das pessoas acima de 60 anos – casadas ou que têm parceiros sexuais - relatam a prática de sexo a cada 15 dias mais ou menos.
"Além do sexo como o conhecemos, uma carícia, um toque ou uma troca de intimidades, muitas vezes, é sensual e tem o mesmo grau de prazer na terceira idade que o sexo tradicional tem para o jovem", explica o geriatra do Einstein, Dr. Fabio Nasri.
"As pessoas se esquecem de que os mais velhos continuam tendo desejos, projeções, fantasias e afeto, que muitos jovens, inclusive, estão perdendo", diz.
A terceira idade
Em países mais jovens e menos desenvolvidos, são consideradas da terceira idade as pessoas acima de 60 anos - é o caso do Brasil. Nos mais desenvolvidos e com uma população mais velha - como os Estados Unidos e os países europeus, aquelas acima de 65 anos.
Uma nova revolução
O surgimento do famoso medicamento azul para disfunção erétil, em 1998, provocou uma nova revolução sexual - essa repleta de possibilidades para os integrantes da terceira idade.
O medicamento pegou muitos casais de surpresa. Vários deles não praticavam o sexo há um bom tempo. Com a novidade, os homens sentiram-se dispostos a procurar por suas mulheres novamente, que nem sempre estavam preparadas para recomeçar uma vida sexual ativa.
Como se sabe, as mulheres tendem a cuidar mais da saúde do que os homens porque visitam seus médicos regularmente. Depois deste medicamento, o sexo tornou-se novamente um assunto em pauta no consultório.
Para aquelas interessadas em recomeçar uma vida sexual com seus parceiros, a questão da lubrificação vaginal é a dúvida mais comum. E não há complicações: hormônios locais, aplicados em forma de cremes diretamente na vagina, possibilitam um retorno normal à prática sexual.
Com o passar dos anos, um pesadelo que aterroriza alguns jovens vai deixando de ser um bicho de sete cabeças. Com a idade, os homens passam a demorar mais para ejacular e, por isso, a ejaculação precoce deixa de ser um problema.
Dificuldades e contraindicações
Não há contraindicações para o sexo na terceira idade, apenas restrições temporárias como, por exemplo, para quem acabou de passar por uma cirurgia – as mesmas indicadas para qualquer idade.
Algumas dificuldades de um corpo mais maduro, porém, podem impedir ou atrapalhar a prática. Para as mulheres, dores reumáticas e incontinência urinária são as principais. No segundo caso, aplicação de hormônio local pode conter o problema.
No caso dos homens, hipertensão e complicações com a próstata são as principais chatices.
Cerca de 50% dos que passaram dos 60 anos no Brasil são hipertensos; e os remédios para pressão tendem a diminuir a potência sexual. A boa notícia é que já existem medicamentos com menos efeitos colaterais desse tipo.
Pacientes com câncer de próstata que tiveram a produção de testosterona bloqueada podem ter dificuldade de ereção, assim como os que fizeram cirurgia para a retirada do órgão. Atualmente, porém, existem técnicas de extração da próstata que conseguem preservar, em alguns casos, os nervos responsáveis pela ereção.
Para pacientes com doenças coronárias ou problemas pulmonares, a indicação é que conversem com seus médicos e que realizem exames para avaliar a sua capacidade física. "No caso do coração, por exemplo, um teste ergométrico nos dá uma ideia de como o órgão se comportaria na hora do sexo", explica o médico.
Alerta
Os medicamentos para disfunção erétil são contraindicados para pacientes com doenças das coronárias ou que tomam medicamentos vasodilatadores, já que eles mesmos são deste tipo, o que pode levar o paciente a sofrer uma vasodilatação excessiva.
Frequência e orgasmo
"É natural que, nessa faixa etária, a frequência sexual seja menor. Mas devemos considerar que a noção de sexo para eles é mais ampla. Muitos se satisfazem com as carícias. Nessa fase existe uma desobrigação do orgasmo e, com menos expectativas, muitas vezes a relação fica mais prazerosa", afirma o geriatra.
Fertilidade na terceira idade
Diferente da menopausa – fenômeno que encerra os ciclos menstruais e ovulatórios de uma única vez – a andropausa (que acontece nos homens) acontece gradativamente com o passar dos anos.
Por isso, enquanto o homem produzir espermatozoides ele pode engravidar uma mulher. A diferença é que a produção será cada vez menor e o caminho até o óvulo ficará mais difícil. Por esta razão, muitos casais de homens mais velhos com mulheres mais jovens procuram inseminação artificial quando optam por ter um bebê.
Consenso é fundamental
Com a menopausa, a queda na libido da mulher é natural e elas começam a procurar menos por seus parceiros. Para elas, será cada vez mais importante sentirem a presença do homem, sua proximidade e suas carícias. "Nessa fase, especialmente se o homem toma algum medicamento para disfunção erétil ou continua sexualmente ativo, conversar e entrar em consenso é fundamental para não haver atrito entre os dois", recomenda o Dr. Fábio Nasri.
Ainda sem perspectiva de um medicamento para as mulheres, a utilização de testosterona no combate à perda de massa muscular e óssea tem se mostrado positiva para elas. O tratamento acaba ajudando no aumento da libido.
Felicidade na terceira idade
Considerando a história do ser humano, a terceira idade é praticamente uma novidade. A expectativa de vida no Brasil em 1900, por exemplo, era de 33 anos. Hoje, é de 75. "Envelhecer é novo e muitos idosos ainda têm dificuldade de lidar com as perdas que vieram com o fim da chamada segunda idade, como a capacidade e a frequência sexual, a perda de amigos, de trabalho e até financeira", avalia o Dr. Nasri.
"Aqueles que entenderem o seu envelhecimento e entrarem em consenso com as suas novas características, terão menos dificuldade em lidar com a sua terceira idade. Já aqueles que não aceitarem, tentarão ter atitudes de jovens por acreditar que estarão envelhecendo menos. Mas envelhecer é natural e quanto mais cedo nos prepararmos, melhor será a nossa aceitação", conclui o médico.
http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/quem-disse-que-o-sexo-perde-o-seu-encanto-na-terceira-idade.aspx
sexta-feira, 2 de maio de 2014
A VELHICE COMEÇA ANTES DOS 30...

Essa é uma questão que tem sido fruto de vários estudos recentes e, por mais
difícil que seja de acreditar, a resposta gira entre os 20 e 30 anos, quando
atingimos o pico de desempenho mental. Mas isso não significa que depois dessa
idade é só ladeira abaixo. É possível retardar os efeitos dessas perdas com
treino, quando nosso cérebro acaba utilizando a experiência para desenvolver
estratégias que melhorem o desempenho e compensem essas perdas em tarefas da
vida real.
Num estudo divulgado em 2009, pesquisadores descobriram que as habilidades
mentais das pessoas atingem o desempenho máximo aos 22 anos e começam a
deteriorar apenas cinco anos depois. Esse estudo, com 2.000 homens e mulheres
durou mais de sete anos.
Os participantes, com idades entre 18 e 60 anos, tinham que resolver
quebra-cabeças, recordar palavras e detalhes de estórias, e encontrar padrões em
letras e símbolos. Testes similares são geralmente usados para diagnosticar
problemas ou declínios mentais, incluindo a demência.
Em 9 dos 12 testes aplicados, o desempenho máximo foi alcançado numa idade
média de 22 anos. Nos testes de raciocínio, velocidade de pensamento e visão
espacial, aos 27 anos o desempenho já começava a ficar significativamente
mais baixo que o pico. A memória começava a mostrar declínio na idade média de 37 anos.
Nos outros testes, resultados piores apareciam aos 42 anos. Por outro lado, as
habilidades baseadas no conhecimento acumulado, como o vocabulário ou
conhecimentos gerais, cresciam até os 60 anos de idade.
Recentemente, um outro estudo, dessa vez analisando estatisticamente uma
quantidade gigantesca de dados de um jogo de computador, conseguiu com precisão
apontar que o pico do desempenho cognitivo motor ocorre aos 24 anos de
idade.
Os pesquisadores analisaram o histórico digital de desempenho de 3.305
jogadores de StarCraft 2, com idades entre 16 e 44 anos. O StarCraft 2 é um jogo
de computador de guerra intergaláctica muito competitivo. As milhares de horas
registradas forneceram uma compilação enorme de informação sobre como os
jogadores reagiam aos oponentes e, mais importante, quanto tempo eles levavam
para reagir.
Depois de aproximadamente 24 anos de idade, os jogadores exibiam uma redução
numa medida de velocidade cognitiva que é reconhecidamente importante para o
desempenho. Mas essa não foi a única descoberta. Jogadores mais velhos, embora
mais lentos, pareciam compensar essa perda cognitiva motora utilizando
estratégias mais simples e fazendo um uso mais eficiente da interface do jogo
que os jogadores mais jovens, permitindo-os manter suas habilidades.
Esses estudos mostram a importância de cuidarmos bem do nosso cérebro desde
jovens. Como o nosso cérebro é plástico, ou seja, possui a capacidade de se adaptar às
mudanças, temos que sempre desafiá-lo na medida certa para que o nosso
desempenho no dia a dia não seja afetado por essas perdas relacionadas à idade.
Uma das maneiras de se prevenir o declínio cognitivo é através do treinamento
cerebral.
Com uma alimentação equilibrada, sono adequado, vida social ativa, controle
do estresse, exercícios físicos e estímulo mental constante, temos condições de
melhorar nosso desempenho mental durante a vida adulta e ainda garantir uma
velhice com mais saúde.
Fontes:
Timothy Salthouse. When does age-related cognitive decline
begin? Neurobiology of Aging. Volume 30, Issue 4 , pp 507-514,
April 2009.
Thompson, Blair e Henrey. Over the Hill at 24: Persistent Age-Related
Cognitive-Motor Decline in Reaction Times in an Ecologically Valid Video Game
Task Begins in Early Adulthood. PLoS ONE 9(4): e94215, April
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Reflexos dos idosos no trânsito são testados em simulador no RS
Pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul querem testar como os idosos estão dirigindo. Eles querem saber de que forma a idade interfere nos reflexos e na habilidade desses motoristas. Para isso estão usando até um simulador que reproduz situações reais do trânsito. Ao todo serão 70 idosos voluntários que tenham carteira de habilitação e que ainda dirijam.
“O simulador cria um ambiente virtual no qual o motorista pode dirigir um carro através de uma direção que é real e ele vai passear por uma cidade que vai ter os mesmos elementos de uma cidade real. Vão ter carros, vão ter sinaleiras, vão ter acidentes, eventualmente vai ter uma rua que está molhada e ele vai ter que ter mais cuidado, vai ter um ambiente de chuva e tudo isso ele vê na tela de um computador”, explica Marcio Pinho, professor da Faculdade de Informática da PUC-RS
O estudo vai incluir também testes clínicos, para avaliar, por exemplo, a memória. “A nossa ideia principal é poder criar um protocolo onde a gente consiga saber que testes avaliam melhor essa capacidade de condução que hoje isso não tem. Hoje não tem uma forma de avaliar e na renovação da carteira, que é feita de três em três anos depois dos 65 anos, essa avaliação é bem resumida, se verifica a questão visual, se faz algumas perguntas pro idoso, mas muita pouca atenção tem se dado às habilidades cognitivas, que são muito importantes pra manter a condução segura”, fala a neuropsicóloga Adriana Vasques.
O médico geriatra Rodolfo Schneider diz que é importante que o idoso que dirige faça uma avaliação pelo menos a cada seis meses, para detectar problemas que possam interferir na direção como catarata, diabetes, hipertensão e até estágios iniciais de doenças como Alzheimer.
Ele alerta para algumas situações no dia a dia que a família deve ficar atenta. “Pequenas colisões em casa, pequenos acidentes, por exemplo, ao retirar o carro da garagem, envolvimentos maiores com situações no trânsito, já podem chamar a atenção que aquele idoso pode estar tendo uma dificuldade maior pra dirigir”.
Newton Boanova tem 60 anos e é taxista há mais de 15 anos. Ele adora a profissão e nem pensa em sair das ruas. “Além de eu dirigir o táxi eu me mantenho muito ativo fisicamente e eu acho que mantendo ativo fisicamente eu consigo não sentir diferença nenhuma”.
O número de motoristas com idade acima de 65 anos aumentou 30% no Rio Grande do Sul nos últimos sete anos, segundo dados do departamento de trânsito. Hoje, o estado tem quase meio milhão de condutores nesta faixa etária. Esse número corresponde a 10% do total de motoristas do estado.
Arlindo Durks faz parte deste grupo. “Evidentemente que a gente não tem aquela perspicácia, aquela atividade rápida que tinha aos 20 e poucos anos, mas agora eu considero que tenho compensação com a maneira mais tranquila, mais pacífica, mais solidária de dirigir o veículo”.
A pesquisa vai começar agora em maio e a faculdade ainda está selecionando idosos voluntários que queiram participar. Para se inscrever, basta enviar um email para adriana.vasques@acad.pucrs.br ou ligar no número (51) 9360-5764.
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