terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mulheres idosas passam até dois terços do dia sentadas


 
Mulheres mais velhas são fisicamente inativas durante dois terços do tempo em que passam acordadas, de acordo com uma nova pesquisa conduzida pelo Brigham and Women’s Hospital. Entretanto, isso não significa que elas ficam todo esse tempo paradas. Os resultados do estudo foram publicados dia 18 de dezembro no Journal of the American Medical Association.
O estudo incluiu mais de 7.000 mulheres com idade média de 71 anos. Durante quase sete dias, elas usaram dispositivos chamados acelerômetros, que medem a quantidade de movimento que você faz durante o dia.
No entanto, o dispositivo não pode dizer se alguém está em pé ou sentado, apenas se ela está em movimento ou não. As mulheres usavam os aparelhos durante o tempo em que passaram acordadas – aproximadamente 15 horas por dia.
Em média, as participantes eram fisicamente inativas em 65,5% do dia, o equivalente a 9,7 horas em média.
Além disso, as mulheres se movimentavam numa média de nove vezes por hora. Uma ruptura no sedentarismo (inatividade) tinha de incluir pelo menos um minuto de movimento, de acordo com o estudo.
As mulheres mais velhas e acima do peso tiveram um comportamento mais sedentário, com períodos inativos mais longos.
Segundo os pesquisadores, é preciso entender se ficar sentado por cinco, 10 ou 30 minutos significar algo diferente para a saúde.
Eles afirmam também que o término da rotina de cuidar dos filhos e a aposentadoria contribuem para a inatividade. Os cientistas recomendam ter um plano de atividade para o envelhecimento, pois é necessário se encontrar em outras atividades para esse ponto da vida.
Veja como envelhecer com saúde
Os pés para o alto e a cabeça desocupada, observando o tempo passar, estão longe da rotina atual de quem se aposenta. Hábitos mais saudáveis, aliados aos avanços da medicina, derrubam os limites físicos que caracterizavam o envelhecimento.
E exigem um plano capaz de afastar a ociosidade e problemas relacionados a ela, como a depressão e a ansiedade.
“A rotina é deixada de lado com a aposentadoria, mas é hora de alimentar projetos pessoais e até investir em uma guinada profissional”, afirma o especialista em gerontologia Diego Miguel, do Centro de Referência do Idoso (CRI-Norte), em São Paulo.
Estresse, gastrite e até descontrole da glicemia são outros males que aparecem nesta fase – principalmente, nos casos em que a falta de um projeto abala a autoestima do idoso, explica a geriatra da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Silvia Pereira.
Os especialistas dão dicas para quem está ganhando horas livres e precisa descobrir o que fazer com elas.
Frequente bailes
Dançar na terceira idade não é só uma maneira divertida de mexer o corpo. Habilidades como força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade também são desenvolvidas e trazem bem-estar e saúde aos idosos.
Quando dançam, eles fazem um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e precisam se concentrar para não invadir o espaço do parceiro, conclui um estudo recente da Unicamp, em São Paulo. Além disso, se lembram de experiências e sensações vividas no passado, quando a música os remete à juventude.
Aprimore dons artísticos
Estudar música na maturidade, segundo estudo da PUC-SP, estimula funções neurológicas relacionadas às ações motoras, linguísticas e sensoriais, geralmente prejudicadas com o passar do tempo, e ainda melhora a autoestima.
Isso sem esquecer que muitos idosos, mesmo após a aposentadoria, continuam sustentando a família – a situação é comum a cada 3 entre 10 aposentados brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Diversos centros de convivência oferecem cursos de artesanato que podem se transformar em fonte de renda.
Viaje
Além de conhecer novos lugares e culturas, a viagem é chance para lidar com pessoas diferentes e fugir à rotina.
Uma das reclamações comum entre os idosos é que as pessoas ao redor têm pouco tempo para eles – excursões regulares, nem que seja para regiões próximas, favorecem novos relacionamentos.
Pratique atividades físicas
O hobby proporciona o aumento do círculo social e ainda traz melhorias à saúde. No entanto, o grupo que aproveita essas vantagens ainda é pequeno: apenas 10% das pessoas com mais de 65 anos realizam de 2,5 a 5 horas de exercícios por semana, recomendação do Centro Médico da Universidade de Rush, de Chicago (EUA).
Agite a vida cultural
Existe uma série de políticas públicas que incentivam a visita de aposentados a espaços culturais: cinemas e teatros cobram meia-entrada, enquanto alguns museus e pinacotecas até abrem mão do pagamento do ingresso.
Os passeios valem como forma de acompanhar os mais jovens e também como alternativa para ocupar as tardes de maneira independente, afinal um bom filme é sempre boa companhia.
Dedique experiência
O voluntariado é uma atividade que exige paciência, conhecimento e dedicação, atributos desenvolvidos com o tempo. Transmitir o conhecimento e a experiência acumulados a outras pessoas melhora a autoestima do idoso.
As atividades ainda estimulam a atualização e a busca de novidades em temas de que o idoso gosta, trabalhando a memória.
A assistente social Andreia Cristiane Magalhães, do Centro de Referência do Idoso, também lembra que o voluntariado é uma atividade que lhe permite passar todo seu conhecimento e experiência de vida a outras pessoas. Além disso, a mente permanecerá ativa e o círculo social também agradecerá.
Invista em uma faculdade
Cursos superiores direcionados aos mais velhos são cada vez mais comuns – uma atividade que ainda favorece o convívio com pessoas diferentes, interessadas nos mesmos assuntos.
Para facilitar, estes cursos contam com carga horária flexível e, em muitas instituições, são gratuitos ou cobram mensalidade simbólicas.

Publicado por em 29, dez , 2013 em  Envelhecimento, Gerontologia, Idoso
 http://coisadevelho.com.br/?p=13024#ixzz2piRmboDp

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