segunda-feira, 10 de março de 2014

Sensores eletrônicos no chão transformam cômodos inteiros em telas sensíveis ao toque...

Sendo implantada em asilos da Europa, SensFloor emite sinais de alerta a enfermeiros quando detecta um idoso no chão..

Envelhecer traz algumas coisas boas: sabedoria, perspectiva, memórias. Mas a idade também traz uma série de consequências: o corpo fica menos firme; ossos ficam frágeis; uma tarefa simples, como levantar da cama, torna-se cheia de perigos – uma queda pode resultar em uma fratura no quadril, ou impede que você se levante de novo.

Uma startup alemã oferece um sistema high-tech de monitoramento para este problema, que deve se agravar à medida que cresce a proporção de idosos na população mundial. A empresa desenvolveu uma avançada cobertura têxtil para o chão, chamada SensFloor. Ela detecta quando as pessoas estão andando, ou quando caem sobre ela. A inovação já alerta asilos na Europa quando um idoso cai no chão.


“O chão é o melhor lugar para descobrir o que uma pessoa está fazendo”, diz Axel Steinhage, diretor de pesquisa e desenvolvimento na Future-Shape. “Exceto ao dormir, você está sempre em contato com a superfície do chão. Eu acho estranho que mais pessoas não usem esta superfície para obter informações de sensores.”

Sentindo o campo elétrico
A cobertura é feita com fibras de poliéster com apenas 2 mm de espessura. Utiliza-se aqui um processo comum de produção têxtil para inserir um pedaço de metal fino e condutor no tecido, que cria padrões semelhantes aos encontrados em placas de circuito.
Algumas partes desse padrão viram um campo de sensores; as outras se tornam faixas condutoras. Estas são conectadas a módulos embutidos de rádio, que enviam dados em tempo real para o controlador do sistema.
Estes sensores cobrem todo o piso e medem a capacitância, ou seja, mudanças no campo elétrico local – causadas por uma pessoa ou qualquer outro objeto condutor que se aproxime deles. É o mesmo fenômeno que seu dispositivo touchscreen usa para dizer onde o dedo está tocando. “Quando eu me aproximo dos sensores no chão, o campo elétrico aumenta e os sensores podem detectar isso”, diz Steinhage. “O sensor então envia uma mensagem dizendo que algo está próximo.”
Com base na área da perturbação do campo elétrico, os sensores e o controlador sem fio podem dizer se uma pessoa está de pé no chão, ou deitada sobre ele. O dispositivo também pode detectar a direção e velocidade do movimento em todo o piso. Como o dispositivo não funciona se houver contato físico, ele pode ser colocado sob o revestimento do piso, como carpete, cerâmica ou madeira.
Ele também pode dizer o número, localização e movimento de várias pessoas, mesmo se estiverem em cadeira de rodas. Como a água é um condutor elétrico, os sensores podem monitorar derramamentos de líquidos, e podem ser encarregado de controlar as luzes e portas automáticas de um cômodo quando uma pessoa se aproximar.
Esses recursos, diz Steinhage, significam que o sistema também poderia ser usado para melhorar a segurança em casa e nas empresas, ou para analisar quanto tempo um cliente fica na frente de uma vitrine, indicando os produtos que mais atraem a atenção nas lojas.
“O piso sabe onde a pessoa está, e que ela não está na cama. Podemos dizer com exatidão a situação no cômodo”, diz ele. “Onde quer que a pessoa esteja, o sensor detecta o aumento da capacitância. Basicamente, toda a sala se torna uma tela sensível ao toque”.


Tecnologia assistiva com um preço significativo
O SensFloor é um investimento caro, mas a empresa diz que a tecnologia deve ser comparada com um sistema de automação residencial, em vez de um piso comum.
O preço é de US$ 270 por m²; ou seja, mesmo que você more em um apartamento pequeno, o custo ficaria em cerca de US$ 13.500 para uma cobertura completa. Steinhage estima que, se a produção aumentar, eles poderiam chegar a cerca de US$ 68 por m² com os ganhos de escala.
A Future-Shape argumenta que o SensFloor é uma alternativa melhor aos sensores de movimento, porque as pessoas se movem o bastante para exigir detectores mais sensíveis. Além disso, outros sensores precisam que a luz esteja acesa para detectarem movimentos. Por fim, muitas pessoas não querem ser monitoradas por câmeras de vídeo, especialmente no banheiro – onde ocorrem muitas quedas – mesmo que tais dispositivos sejam automatizados e rodem apenas algoritmos de processamento de imagem.

Até agora, o sistema foi instalado em 20 institutos de pesquisa e asilos em países europeus. A mais recente, instalada em 2012 para cobrir 1.300 m², monitora 70 quartos em uma casa de repouso na Alsácia, França. O sistema liga as luzes quando um morador coloca os pés no chão, e chama a atenção dos enfermeiros quando detecta uma queda.
“Nos primeiros quatro meses, tivemos 28 quedas descobertas pelo nosso sistema, e nenhuma foi alarme falso”, diz Steinhage. “Uma enfermeira nos disse que ela não teria visto uma das quedas, porque a pessoa caiu do outro lado da cama, onde ela não teria sido descoberta.”
Este post foi publicado originalmente no Txchnologist, uma revista digital apresentada pela GE, que explora o mundo da ciência, tecnologia e inovação. 

Por http://tecnologia.br.msn.com/
Atualizado: 28/02/2014 | Por Michael Keller-- Gizmodo

sexta-feira, 7 de março de 2014

O MELHOR VÍDEO MOTIVACIONAL DE 2013......ESPETACULAR


O CUIDADOR E A PESSOA CUIDADA....


O ato de cuidar é complexo. O cuidador e a pessoa a ser cuidada podem apresentar sentimentos diversos e contraditórios, tais como: raiva, culpa, medo, angústia, confusão, cansaço, estresse, tristeza, nervosismo, irritação, choro, medo da morte e da invalidez. Esses sentimentos podem aparecer juntos na mesma pessoa, o que é bastante normal nessa situação. Por isso precisam ser compreendidos, pois fazem parte da relação do cuidador com a pessoa cuidada. É importante que o cuidador perceba as reações e os sentimentos que afloram, para que possa cuidar da pessoa da melhor maneira possível. O cuidador deve compreender que a pessoa cuidada tem reações e comportamentos que podem dificultar o cuidado prestado, como quando o cuidador vai alimentar a pessoa e essa se nega a comer ou não quer tomar banho. É importante que o cuidador reconheça as dificuldades em prestar o cuidado quando a pessoa cuidada não se disponibiliza para o cuidado e trabalhe seus sentimentos de frustação sem culpar-se.
O estresse pessoal e emocional do cuidador imediato é enorme. Esse cuidador necessita manter sua integridade física e emocional para planejar maneiras de convivência. Entender os próprios sentimentos e aceitá-los, como um processo normal de crescimento psicológico, talvez seja o primeiro passo para a manutenção de uma boa qualidade de vida. É importante que o cuidador, a família e a pessoa a ser cuidada façam alguns acordos de modo a garantir uma certa independência tanto a quem cuida como para quem é cuidado. Por isso, o cuidador e a família devem reconhecer quais as atividades que a pessoa cuidada pode fazer e quais as decisões que ela pode tomar sem prejudicar os cuidados. Incentive-a a cuidar de si e de suas coisas. Negociar é a chave para se ter uma relação de qualidade entre o cuidador, a pessoa cuidada e sua família. O “não”, “não quero” ou “não posso”, pode indicar várias coisas, como por exemplo: não quero ou não gosto de como isso é feito, ou agora não quero, vamos deixar para depois? O cuidador precisa ir aprendendo a entender o que essas respostas significam e quando se sentir impotente ou desanimado, diante de uma resposta negativa, é bom conversar com a pessoa, com a família, com a equipe de saúde. Também é importante conversar com outros cuidadores para trocar experiências e buscar alternativas para resolver essas questões. Procure se informar sobre grupos de cuidadores.
É importante tratar a pessoa a ser cuidada de acordo com sua idade. Os adultos e idosos não gostam quando os tratam como crianças. Mesmo doente ou com limitações, a pessoa a ser cuidada precisa e tem direito de saber o que está acontecendo ao seu redor e de ser incluída nas conversas. Por isso é importante que a família e o cuidador continuem compartilhando os momentos de suas vidas, demonstrem o quanto a estimam, falem de suas emoções e sobre as atividades que fazem, mas acima de tudo, é muito importante escutar e valorizar o que a pessoa fala. Cada pessoa tem uma história que lhe é particular e intransferível, e que deve ser respeitada e valorizada. Muitas vezes, a pessoa cuidada parece estar dormindo, mas pode estar ouvindo o que falam a seu redor. Por isso, é fundamental respeitar a dignidade da pessoa cuidada e não discutir em sua presença, fatos relacionados com ela, agindo como se ela não entendesse, não existisse, ou não estivesse presente. Isso vale tanto para o cuidador e família como para os amigos e profissionais de saúde. Encoraje o riso. O bom humor é uma boa maneira de contornar confusões e mal entendidos.